A aromaterapia vem ganhando cada vez mais reconhecimento, como uma alternativa de tratamento segura e eficaz. No entanto, muitas pessoas ainda estão equivocadas sobre a sua utilização, equiparando a aromaterapia com velas perfumadas, ou com produtos de beleza com óleos sintéticos.
Para saber mais detalhes sobre aromaterapia, veja
aqui.
A Aromaterapia se refere ao uso de um
óleo essencial , ou vários óleos combinados (sinergias), para um determinado propósito de cura, para tratar um problema de saúde particular, ou para melhorar a saúde geral e bem-estar, tanto do animal como do ser humano.
Os
óleos essenciais e os hidrolatos, têm propriedades medicinais e, se utilizados adequadamente, podem ser eficazes no tratamento de uma série de problemas de saúde do seu bichano, como irritações da pele, artrite, prurido cutâneo, alergias, problemas digestivos, problemas urinários, inflamação, colite, infecções de ouvidos, hiperatividade, infestações de pulgas / carrapatos, e muito mais.
É importante começar a utilizar os óleos essenciais em animais,
de uma maneira positiva. Não utilize os óleos essenciais, quando eles estiverem com
medo de algo, como ruídos altos, tempestades, ou com dor.
Embora os óleos essenciais sejam naturais, devem ser usados com respeito e conhecimento, e a permissão de seus animais de estimação. É importante diluir os óleos essenciais antes de oferecê-los aos cães e sempre permitir que seu cão cheire antes de sua aplicação.
O sentido olfativo de um cão é pelo menos 50 a 100 vezes mais eficiente do que o nosso.
Imagine como deve ser angustiante ser coberto com uma fragrância que você odeia? Então multiplique isso por 100, e você vai entender por que a escolha do óleo pelo animal é tão importante.
Assim, é sempre melhor deixar o animal cheirar o óleo antes de aplicar; e em seguida, procure perceber sinais de aceitação como querer lamber o óleo, se esfregar em você, ou abanar o rabo.
Sinais que o animal não gosta do óleo: virar a cabeça, ficar ofegante, babar, andar com agitação, gemer, espirrar ou bufar.
Nunca coloque os óleos essenciais no focinho do animal. Isso tira a sua liberdade de escolha e é uma terapia invasiva.
O que são óleos essenciais e hidrolatos?
Ao contrário do que muitos pensam, os óleos essenciais não são oleosos. Eles são altamente concentrados e devem ser quase sempre diluído antes da utilização.
Cada óleo tem suas próprias propriedades individuais, como cheiro, cor, propriedades químicas e efeitos de cura.
Em termos físicos, muitos óleos essenciais são antibacterianos, antivirais, antifúngicos, anti-inflamatórios, e desintoxicantes.
A nível emocional, alguns óleos essenciais podem ser sedativos ou estimulantes.
Falei mais detalhadamente sobre óleos essenciais
aqui.
O Hidrossol (ou Hidrolato) é uma substância à base de água, que é um subproduto obtido durante o processo de destilação a vapor de um óleo essencial. Um hidrossol contém partes solúveis em água de uma planta bem como a quantidade muito pequena de alguns componentes de óleo essencial.
Os hidrossóis não são altamente concentrados como os óleos essenciais, e podem ser utilizados puros.
Os óleos essenciais podem ser adicionados a uma hidrolato para efeitos sinérgicos.

Para os animais extremamente sensíveis, cães filhotes e gatos,
os hidrolatos são boas alternativas para os óleos essenciais mais fortes.
(Os gatos são especialmente sensíveis aos óleos essenciais, por isso é melhor usar hidrolatos em gatos.)
Como posso usar óleos essenciais em meu pet?
A Aromaterapia em pets pode ser aplicada por via tópica (por meio de massagem), por inalação (difusor ou aromatizador pessoal), ou por via oral.
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Aromatizador pessoal para coleiras da Laszlo
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A aplicação tópica é a técnica mais comumente usada, e tem o maior benefício porque os óleos são aplicados diretamente na área necessária. Os óleos penetram na pele e são rapidamente absorvidos por minúsculos capilares que os transportam para a corrente sanguínea.
Os óleos essenciais podem ser
aplicadas topicamente através de massagem, ou através sprays, e, claro, os óleos podem também ser adicionados aos shampoos, condicionadores, unguentos, pomadas, etc.
Lembre-se, os óleos
têm de ser diluídos antes do uso. Óleos vegetais carreadores, tais como azeite, óleo de jojoba, óleo de amêndoa doce, óleo de coco... podem ser utilizados.
A Aplicação oral de óleos essenciais para animais, só deve ser feita sob a supervisão de um veterinário holístico.
Como os óleos são altamente concentradas e potentes, deve ser tomado
extremo cuidado para evitar uma superdosagem. E, claro, alguns óleos essenciais não são adequados para a ingestão.
Por isso, é aconselhável limitar-se às duas primeiras técnicas (aplicação tópica e por inalação).
Cuidados maiores com gatos:

Gatos metabolizam e excretam as coisas de forma diferente de outros animais.
A razão por trás disso é o seu fígado. Ele não tem as enzimas necessárias para "quebrar" certos produtos químicos de forma tão eficaz como o nosso.
Quando o fígado (e corpo) não reconhece uma substância, como acontece com a maioria dos compostos sintéticos, ele imediatamente armazena em algum lugar até que possa descobrir o que fazer com ela.
Isto pode conduzir à toxicidade, tumores, doenças e desequilíbrios extremos do corpo.
Para os gatos, essa acumulação pode ser ao longo do tempo, ou pode ser tão rápida que leva à morte.
Por isso, tenha cautela!
Misturas de óleo parecem funcionar melhor em caninos. Os Óleos essenciais têm um efeito muito profundo em abrigo, salvamentos, e cães adotados. Eles ajudam o vínculo do cão com o proprietário após experiência traumática.
Cães e cavalos toleram melhor o uso dos óleos essenciais, do que outros animais. Os gatos e os pássaros já são bem mais sensíveis.
Os animais não podem nos dizer o que eles estão sentindo e são constantemente bombardeados com nossas escolhas de estilo de vida. Então, temos de aprender a reconhecer os sinais e sintomas de toxicidade em nossos animais!
Alguns sinais comuns de toxicidade:
• Mudança em seus hábitos de dormir ou comer;
• As alterações comportamentais, como letargia, falta de energia, ou não querer brincar;
• desequilíbrios digestivos, como vômitos, constipação ou diarréia;
• dificuldade em subir as escadas
Algumas precauções ao usar óleos essenciais em animais:
Verifique com um veterinário holístico antes de usar qualquer óleo essencial em cadelas e gatas gestantes. Em particular, não use óleos estimulantes (por exemplo, hortelã, alecrim, eucalipto).
Não use óleos em animais
epilépticos. Alguns óleos, como o
alecrim, pode
desencadear convulsões (em seres humanos também).
Use menos quantidade de óleo diluído em cães de
pequeno porte do que em cães de
grande porte.
Use menos quantidade de óleo diluído em
filhotes, animais idosos, entre aqueles cuja saúde está comprometida. Quando em dúvida, começar com
hidrolatos.
Não use óleos
perto dos olhos, diretamente
sobre o focinho, ou em áreas
genitais.
Observe sempre a
resposta de seu animal ao sentir o cheiro do óleo em seu corpo. Os óleos essenciais devem ser utilizados com respeito, conhecimento e permissão dos animais de estimação.
Deve-se ter paciência para observar e entender a resposta do animal, e se ele demonstrar incômodo, é importante mudar ou evitar certos aromas.
Para gatos, é mais seguro usar hidrolatos.
Sugestões de uso:
(Fonte Laszlo Aromaterapia)
- Hortelã-pimenta, lavanda, sálvia esclaréia, capim limão: controle de pulgas.
- Tea tree, citronela: controle de carrapatos e pulgas em cães.
- Lavanda, pau rosa, bergamota: alivia ansiedade e hiperatividade, acalma.
- Laranja, mandarina, ylang ylang: reduz agressividade, torna o animal mais afetuoso, alegre.
- Vetiver, cedro, patchouli, priprioca: melhora a auto-estima do animal, tranquiliza.
- Gerânio, rosa: trabalha carências afetivas e tristezas, principalmente em perdas, abandono.
- Cipreste, espruce: trabalham o desapego e tornam o animal mais independente.
Atenção:
evitar alecrim, cravo e canela principalmente em cadelas/gatas prenhas.